Lá estava eu, no auge dos meus 30 anos de idade, esperando a
nave descer e a Xuxa entrar no palco. Não, não era década de 80... Era outubro
de 2016. E este fenômeno só foi possível graças a um grande amigo, super ousado
que um dia fez uma festa de aniversário que tomou proporções inimagináveis, até
virar uma das maiores festas do Brasil, com direito a grandes shows. Nesse dia,
era o da Xuxa. E eu, como típica baixinha que fui, estava lá, ansiosa. A pista
onde eu estava, não estava abarrotada de gente, ainda dava pra circular
tranquilamente sem se perder. Quando, de repente, avisto um rapaz LINDO, mas
lindo mesmo. Meu queixo caiu. Minhas amigas nem me deram ouvidos. Acho que eu
devo me encantar com frequência pelos estranhos que cruzam meu caminho (vide
post anterior). Estava quase me recompondo, quando ele passou de volta. Num
impulso, sem nem pensar, fui andando atrás dele. Não sei bem o porquê, já que
dificilmente eu o abordaria. Muito menos sóbria como eu estava. Mas foi como se
algo tivesse me empurrado, me forçado a seguir aquele instinto. Quando dei por
mim, estávamos parados na mesma roda de pessoas. Isso porque um dos amigos
dele, era meu amigo também. Como não amar esse mundo ovo nessas horas? Na
verdade, fazia anos que não nos víamos e cheguei a ficar um pouco em dúvida se
era de fato quem eu pensava. Mas era. Em menos de um minuto, eu estava sendo
apresentada para o rapaz que eu segui. Em
menos de dois minutos, eu percebi que não teria chances com ele. O papo fluiu,
porém. Me contou que morava em São Paulo, estava na cidade para ver o show, conversamos
o suficiente para ver que era um cara bem legal. Mas logo voltei para onde meus
amigos estavam. A pista lotou. Assistimos ao show e fomos embora, sem com que
eu o encontrasse de novo. Vi da que segue.
Na semana seguinte, fui fazer, pela primeira vez uma
endoscopia. Meus amigos me alertaram sobre os efeitos da pós anestesia. Uma
chegou a me falar: “Cuidado. Quando eu fiz, saí da clínica e comprei um carro.”
Medo. Fiquei imaginando o que aconteceria comigo. Será que eu fugiria para as
Maldivas? Casaria com um anão? Nadaria no mar do Flamengo? Comeria azeitona?
Socorro!!!!!!!!!! Pedi para a amiga que foi comigo que cuidasse para que eu não
fizesse nenhuma besteira. Tudo certo. Saí direto pra casa, onde estava fora de
perigo. Deitei na cama com o computador, abri o Facebook e... Opa!! Quem havia
me adicionado?! O próprio. E quem estava online? Ele mesmo. E com quem eu
conversei? Sim. E eu abri meu coraçãozinho grogue e me declarei, sim ou com
certeza? Muito. E ainda assim continuamos conversando por dias, semanas, meses.
Me confidenciou que, há anos, tinha um sonho. Me comprometi a ajudá-lo a
realizar. Nos encontramos em São Paulo, dois meses depois, para assistir o
mesmo show. Dessa vez, juntos. Amizade mais que
firmada, dois meses se passaram novamente, e ele retornou ao Rio e se
hospedou na minha casa por uma semana. Foi quando descobriu o apelido carinhoso
que dei a ele: Príncipe. Foram sete dias de muitas conversas sobre a vida,
passado, presente, futuro, crenças, energias, o poder do universo... Criamos
uma conexão muito legal. E não só uma vontade de que os planos dessem certo,
mas também uma certeza. E, nesses planos, incluía morarmos juntos.
Pois bem. O universo conspirou MESMO!! Ele correu muito
atrás do seu sonho. E assim, cada peça foi se encaixando e tudo aconteceu como
num roteiro de cinema. Ele o realizou, com minha ajuda, como prometido. E nós
estamos morando juntos!
Acho esta história tão incrível!! Ela é a prova de que
pequenas ações podem refletir em algo muito maior no futuro. E que ousar sair
um pouco da caixa faz bem e pode ser surpreendentemente bom!! No mínimo gera
uma super história para contar e influenciar outras pessoas. E sabe-se lá o que
elas farão com isso e onde isso vai dar. São tantas borboletas batendo asas...
Cho-ca-daaaaa!!! Essa é a história do flatmate novo???
ResponderExcluirQue maravilhoso isso!!!!